Vamos parar um momento e olhar para dentro de nós… Perguntando: Quais escolhas tenho tomado? Tenho decidido pelo caminho mais fácil? Estou conseguindo manter-me feliz? Meu coração está cheio de amor? Ou apesar das minhas escolhas me sinto triste?
Carta da amiga droga
Caro jovem, quero que você me ouça antes de me usar. Quero que você me conheça, que saiba quem sou eu, o que faço, como me comporto dentro das pessoas, como você irá se sentir depois do meu contato, da minha ilusão.
Eu não tenho nome e nem sobrenome. Sou batizada a toda hora e a todo instante por aqueles que me usam. Não tenho amigos, pois consigo destruir todos aqueles que se aproximam de mim. Quando não o faço completamente, eu os deixo sem cérebro, sem coração e sem pensamento.
Os que me tomam como companheira são aqueles de coração amargurados, abandonados por todos, aqueles que se sentem só e que procuram em mim uma fuga para seus problemas, fuga ilusória e dolorosa.
Um dos meus contatos preferidos são as veias. Através delas eu consigo mergulhar em seu sangue, que me levará a uma viagem por todo o seu corpo. Atravesso seus membros, canais e artérias. Passo pelo sistema nervoso, deixando aí a minha marca. Enquanto eu passeio, você vive as ilusões...
Através desse rio de sangue eu consigo atingir o cérebro e aí a minha marca é mais forte, pois no cérebro vou roubar o pensamento, a memória, a razão. Por fim descerei até o coração e você saberá realmente quem sou. Aliás, não sei se haverá tempo para isso, pois talvez você já estará morto.
Pronto, já lhe contei minha história. Estou pronta para lhe tirar a paz, a liberdade e a vida.
Atenciosamente,
A Droga
Drogas, ou liberdade?
Deus onipotente (tudo pode) e onisciente (tudo sabe) criou você como ser único. Não existe, nem existirá, alguém igual a você. Mesmo irmãos gêmeos são diferentes. Filhos são diferentes dos pais. Enfim, você é você e ninguém mais.
Aos animais Deus deu os instintos. Quando eles tem sede tomam água. Quanto tem fome, se alimentam. Para cada ação se dá uma reação.
Aos seres humanos Deus acrescentou o livre arbítrio, a liberdade de escolha. Você, e só você, escolhe qual a reação a determinada ação. E Deus foi mais além. Ofereceu sua graça para ajudar você a escolher.
Costumamos usar, como justificativa de nossos comportamentos, desculpas. Sou assim porque herdei as características genéticas de meus avós. Sou assim porque meus pais me educaram assim. Sou assim porque a sociedade me fez assim, o ambiente me levou a isso.
Você mesmo sabe que isso são desculpas. Na verdade somos livres e responsáveis para agir da maneira que decidirmos. O que as vezes acontece é que não assumimos a responsabilidade por isso.
Todos os dias podemos decidir: Hoje serei feliz. Só depende de nós. E podemos pedir ajuda para Deus. Ele enviará sobre nós o Espírito Santo com seus dons e nos fortalecerá para sermos o que queremos ser.
Mas, na adolescência, quando estamos nos exercitando para sermos livres, algumas vezes fazemos as maiores besteiras. Como não somos mais crianças, já nos consideramos adultos. Na realidade não somos nem crianças nem adultos. Somos jovens.
É nessa fase da vida que costumamos ser “maria vai com as outras”. Esquecemos nossa identidade e unicidade e queremos ser iguais a turma. Usamos as mesmas roupas, vamos as mesmas festas, falamos da mesma maneira, fazemos as mesmas palhaçadas.
É nessa idade que muitos de nossos jovens estão cometendo a maior besteira de sua vida. Estão experimentando drogas. Em geral começa com cerveja, depois vem outras bebidas alcoólicas e a porta está aberta. O cigarro acaba levando para a maconha. Daí para drogas mais pesadas é só um passo.
Hoje, quase a totalidade dos internos em tratamento da dependência química, começaram pelo álcool. Aquela cervejinha nas festinhas acabou por iniciá-los nas drogas.
O que a grande maioria dos jovens não sabe é que as drogas quase sempre são um caminho sem volta. Você entra de bobinho e acaba dependente sem se aperceber.
Hoje as drogas tem poder viciante muito mais forte do que há alguns anos. Cada vez mais cedo elas estão sendo apresentadas a nossos jovens. Eles muitas vezes ainda não estão maduros para dizer não e acabam experimentando porque a turma experimentou.
E daí? Lá se foi a liberdade. Tornam-se dependentes da droga. Ela se torna a dona de suas vidas. É uma verdadeira escravidão. A liberdade foi trocada pela escravidão.
O que fazer?
Jovem, exercite sua individualidade, sua responsabilidade. Seja você mesmo. Não entregue a sua liberdade para seus “amigos”. Não entregue a sua liberdade, ainda em formação, para a droga. Ela te escravizará.
Como fazer?
Tenha objetivos definidos. Faça um projeto de vida. Participe da vida da comunidade. Participe de um grupo de autoajuda da Pastoral da Sobriedade, de um grupo jovem em sua paróquia. Mude de “amigo” se não conseguir mudar o seu amigo.
Cultive o diálogo, especialmente com seus pais. Eles são seus amigos, mesmo que não pareça. Se eles não tomam a iniciativa, faça-o você. Afinal você é um cara esperto. Lembre-se, Deus lhe deu a liberdade de escolha e espera que você peça a sua ajuda.
Diversão? Sim! Pecado? Não!
É urgente que estejamos atentos sempre e em todo lugar
A juventude é um tempo em que estamos particularmente predispostos à alegria; à procura de divertimentos; abertos à novas experiências e sensações. É um tempo em que é praticamente impossível ficar parado! Nos envolvemos fácil e naturalmente em atividades agitadas que possam nos proporcionar “felicidade”, algum prazer, uma sensação de liberdade, de potência; de juventude mesmo. Temos necessidade de certa dose de aventura, precisamos descarregar adrenalina, colocar para fora toda a energia que temos armazenada em nós; e isso é muito bom. É sinal da nossa juventude, vitalidade e saúde física e mental.
Para encontrar o que procuramos, nos são oferecidas inúmeras opções. Esportes radicais para todos os gostos: rappel, mountain bike, trilha, skate, surf, bungee jump, alpinismo, snowboard (se bem que, no Ceará, sandboard é mais apropriado pela falta de neve...); Filmes de todos os gêneros: drama, policial, aventura, suspense, ficção científica, terror, romance “água com açúcar”; tudo isso sem falar nos muitos tipos de Festa que aparecem por aí todos os dias: festa à fantasia, luau ”não sei de quê”, uma noite “não sei onde”, as raves (aquelas festas meio clandestinas em que se ouve música e se dança ao ar livre ou em tendas), festivais de rock, boites... há também aquelas festas cujo tema são bebidas alcóolicas: festa da Tequila, festival da cerveja... Além de músicas nos mais variados ritmos, com letras com igual (ou até maior) variedade de níveis, para “dançar a noite inteira” ou então para “ouvir comendo chocolate”, como se costuma falar.
Sem dúvida, um verdadeiro banquete para os nossos sentidos!
Como sabemos, os sentidos são como que portas que dão aceso à nossa alma; e justamente por isso precisamos ter todo cuidado com aquilo que, de certa forma, permitimos que passe através delas. O bombardeio de sons, palavras, imagens, sensações enfim, nos fragiliza, nos deixa praticamente sem defesa; acaba por roubar nosso coração e pensamento do Bom, do Belo e surge em nossa consciência uma espécie de cortina de fumaça, que dificulta a distinção, a separação do que é bom e lícito para nós, daquilo que não nos convém como cristãos, como filhos muitíssimo amados de Deus. Desse modo, acabamos por expor nossa alma, nosso ser mais íntimo e as nossas faculdades (memória, afetividade... e especialmente a imaginação) à contaminações e feridas que poderiam muito bem ser evitadas se soubéssemos nos preservar, se ficássemos mais atentos ao que “engolimos” através dos nossos sentidos.
Selecionar nossos divertimentos de modo algum nos fará “menos jovens”; mas certamente nos tornará mais responsáveis por nós mesmos e pelas nossas escolhas, jovens maduros, que sabem do valor inestimável que têm e por isso zelam por si mesmos e pelos outros. Não é, de modo algum, impossível ser jovem, ser alegre e se divertir (e muito!) de maneira saudável; sem abrir espaço ao pecado e à contaminação pela via dos sentidos.
É preciso que tenhamos sempre a consciência de que somos Templo do Espírito Santo (cf. I Cor 6,19) e, portanto, precisamos vigiar rigorosamente a entrada da habitação do Senhor e glorificá-lo na nossa vida e no nosso corpo.
É urgente que estejamos atentos sempre e em todo lugar; que deixemos as obras das trevas e vistamos as armas da luz, assim nos fala S. Paulo na sua carta aos Romanos (cf. Rm 13, 11-14). Ele continua: “vivamos honestamente, como em pleno dia: não em orgias e bebedeiras, prostituição e libertinagem, brigas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não sigais os desejos dos instintos egoístas”. Como vemos, a sociedade daquele tempo tinha feridas parecidas com as nossas, não é verdade?
Então, em vez de ocuparmos nossos sentidos e faculdades com divertimentos que não fazem outra coisa senão nos empurrar para o pecado; nos “ocupemos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso, ou que de algum modo mereça louvor”.(cf. Fl 4,8) Assim seremos capazes de uma alegria perene, que não está condicionada ao uso de entorpecentes ou qualquer coisa semelhante, e principalmente, seremos capazes de divertimentos verdadeiros, que não contrariem nossa natureza.
Como jovens cristãos precisamos, sim, nos divertir. Mais ainda, precisamos ser alegres; mas acima de tudo, temos em nosso coração uma necessidade profunda de nos preservar daquilo que nos corrompe e afasta do Amor, sentido último da nossa existência.
Zelar pela nossa pureza, pela correção do nosso modo de agir, de vestir e de nos comportar; lutar pela pureza do nosso olhar, pela castidade no nosso modo de dançar; nos nossos relacionamentos cotidianos; selecionar as músicas que ouvimos; os lugares que freqüentamos; os filmes e programas que assistimos, nos recusando a prestigiar espetáculos degradantes... Tudo isso reflete a profunda gratidão do nosso coração ao Deus que nos ama e nos fez de modo tão maravilhoso!
Revista Shalom Maná
25/05/2011
A luta contra o pecado
Esse mal nos escraviza e nos separa de Deus
Fazer a vontade de Deus é, antes de tudo, lutar contra os nossos pecados; pois eles nos escravizam e nos separam de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos mostra toda a gravidade do pecado:
"Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave do que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro" (CIC § 1488).
São palavras fortíssimas que mostram que não há nada pior do que o pecado. Por outro lado, o Catecismo afirma que ele é uma realidade.
O pecado está presente na história dos homens. Tudo o que há de mau na história do mundo é consequência do pecado, que começou com Adão e que continua hoje com seus filhos.
Toda a razão de ser da Encarnação do Verbo foi para destruir, na Sua carne, a escravidão do pecado.
O demônio escraviza a humanidade com a corrente do pecado. Jesus veio exatamente para quebrar essa corrente. Com a Sua Morte e Ressurreição triunfante, Cristo nos libertou das cadeias do pecado e, pela Sua graça, podemos agora viver uma nova vida. São João deixa bem claro na sua carta:
“Sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados” (1Jo 3,5). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3,8).
Essa “obra do diabo” é exatamente o pecado, que nos separa da intimidade e da comunhão com Deus, e nos rouba a vida bem aventurada.
Com a sua morte e ressurreição triunfante, Jesus nos libertou das cadeias do pecado e, pela sua graça podemos agora viver uma nova vida. É o que São Paulo ensina na carta aos colossences:
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Col 3,1).
Aos romanos ele garante: “Já não pesa mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. A Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te libertou da lei do pecado e da morte” (Rm 8,1).
Aos gálatas o Apóstolo diz: “É para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes, portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão” (Gl 5,1).
Assim como a missão de Cristo foi libertar o homem do pecado, a missão da Igreja, que é o Corpo místico do Senhor, a Sua continuação na história, é também a de libertar a humanidade do pecado e levá-la à santificação. Fora disso a Igreja se esvazia e não cumpre a missão dada pelo Senhor.
A salvação se dá pelo perdão dos pecados; e já que “só Deus pode perdoar os pecados” (cf. Mc 2, 7), Ele enviou o Seu Filho para salvar o povo dEle dos seus pecados. Por tudo isso, o mais importante para o cristão é a luta contra o pecado; se preciso for “chegar até o sangue na luta contra o pecado” (cf. Hb12,4).
Felipe Aquino
25/05/2011
Fonte: www.cancaonova.com
Beber e matar “com moderação”.
Basta dela retirar o “com moderação” para que reste apenas o comando beba, beba, beba…
Era melhor que a hipocrisia fosse tão somente um tema para boleros. Infelizmente, ela nos volteia enganosamente o tempo todo, assumindo expressões revoltantes, com reflexos sempre reprováveis nas pessoas, sobretudo as mais jovens.
Tome-se, por exemplo, a propaganda de cerveja que nos massacra diariamente quando exibida pelas televisões: “Beba com moderação.” Não há nada mais hipócrita do que essa frase, que até faz lembrar uma cascavel quando se empenha em hipnotizar o passarinho. É aquela atração parecida com a do suicida à beira do abismo.
Basta dela retirar o “com moderação” para que reste apenas o comando beba, beba, beba… Beber com moderação, na forma pretendida, significaria também poder matar com moderação, atropelar com moderação, estuprar com moderação, como se isso fosse possível.
Ninguém mais aguenta ver e ouvir as notícias de crianças nas calçadas atropeladas por bêbados e pessoas mortas nas estradas sempre tendo como causa os efeitos do álcool. Há até uma meia lei seca no País e a despeito disso a propaganda de bebidas continua a enganar e a fluir sem nenhum freio.
O comando beba, beba, beba sempre é acompanhado da tentação representada por mulheres bonitas com a característica de fáceis e disponíveis para quem tomar esta ou aquela marca de cerveja. Haverá enganação maior do que essa?
Há, sim. A maior enganação, a suprema hipocrisia, está na versão propagada pelas indústrias produtoras de cerveja: a de que os jovens bebem por beber, e não por causa da propaganda que os massacra o tempo todo. Enfim, as propagandas de bebidas não seriam responsáveis pelo fato de as pessoas beberem acima da conta e saírem na contramão, provocando mortes e sofrimento.
A culpa seria das famílias, que não educam bem os seus filhos, e dos péssimos governos, por não construírem melhores estradas e, nas cidades, ruas mais seguras. Culpa da cerveja? Jamais.
Graças a isso, o exército dos enganados cresce todo dia e são muitos os que pagam caro pelo engano ou, então, mutilam ou matam mesmo os que não se deixam enganar. A médica e pesquisadora Letícia Marin, do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Unicamp, informa que 30% dos acidentes com veículos acontecem logo após seus motoristas ingerirem álcool.
É necessário observar a diferença de estado psicológico entre aqueles que estão à frente de uma televisão e os que captam informações por intermédio da leitura. O telespectador permanece o tempo todo numa atitude passiva, exposto inconscientemente à enxurrada de informações que o cérebro aético dos publicitários lhe enfia para dentro sem a menor cerimônia. Já os que recebem informações pela leitura, numa postura ativa, não são tão sensíveis a esse jogo demoníaco, mas, lamentavelmente, representam a minoria.
Tal circunstância, não perceptível pela maior parte dos elaboradores de leis, permite a livre e desastrosa propaganda de bebidas nas rádios e televisões, inclusive nos horários em que crianças e adolescentes estão à busca de desenhos e de jogos. É inacreditável que isso continue a ocorrer ante o silêncio dos órgãos governamentais que têm a responsabilidade de disciplinar setor tão importante.
O bom senso e a preocupação comum de respeito à juventude indicam que tal publicidade deveria ser admitida somente em horários em que seus reflexos danosos não se estendessem de forma tão expressiva, como nos dias presentes.
É também assustador observar o silêncio quase eloquente das mulheres brasileiras, que são ostensivamente discriminadas e apresentadas como simples objeto de consumo na maioria das propagandas de cerveja. A mídia publicitária realmente usa somente o corpo feminino, fragmentando a mulher e oferecendo de público uma imagem impura, voltada para a sensualidade, ou seja, aviltando a mulher em seu todo.
Esse uso sistemático do corpo feminino nos projeta para a milenar e surrada tendência de perpetuação da dominação masculina, sem que haja por parte das mulheres nenhuma resistência mais sensível. Isso ocorre neste momento especial em que temos duas mulheres como candidatas à Presidência da República e em todo o planeta a ascensão da mulher nos planos social e político se torna cada vez mais expressiva.
Já houve uma pálida e, quem sabe, anestesiada tentativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir a publicidade das 8 às 20 horas, introduzindo nesse horário mensagens sobre os malefícios do álcool, em vez do inescrupuloso beba com moderação.
Mas até agora esse esforço, se de fato existiu, ainda não ganhou expressão e forma. Em verdade, há na Câmara dos Deputados mais de cem projetos de lei que procuram estabelecer restrições à propaganda de bebidas alcoólicas, porém o fortíssimo lobby das indústrias prevalece sobre qualquer esforço isolado dos parlamentares.
Há até mesmo um projeto do Executivo que proíbe rádios e televisões de veicularem tal propaganda das 8 às 21 horas, mas isso, infelizmente, causa a impressão de ser apenas um jogo de cena, porque o governo Lula tem folgada maioria no Congresso Nacional e só não aprova o projeto porque não se empenha. Deus queira que o gosto por bebida não esteja a influir nesse comportamento político.
Por fim, a legislação em vigor voltada para punir as pessoas que bebem além da conta até que não seria considerada ruim, não fosse o sistema processual penal brasileiro, o qual se desenvolve a passo de tartaruga. Com frequência, a demora na prolação da sentença final ocorre quando a prescrição já transcorrida impede o Estado juiz de punir os culpados, circunstância que projeta a conhecidíssima ideia da impunidade.
Aloísio de Toledo César
O Estado de S.Paulo
O Pecado é o motivo de nossa TRISTEZA
Considerando que Deus nos quer feliz, alegre e confiante. Mas isso tudo só alcançamos alicerçados na misericórdia do Pai! Digo então: Tenha fé!!
Não podemos nos abater por situações, nem coisas e muito menos por pessoas falhas como todos nós!
Antigamente, em algumas situações específicas, em que duas pessoas eram condenadas à morte, os romanos costumavam aplicar uma pena extremamente cruel. Amarravam as duas pessoas uma à outra, rosto com rosto, braço com braço, mão com mão, perna com perna e assim por diante; depois matavam apenas um deles e colocavam ambas no sepulcro, amarradas. À medida que o cadáver ia se decompondo, liberava substâncias que consumiam em vida o corpo daquele que com ele estava amarrado.
Dessa maneira, podemos entender melhor a que São Paulo aludia ao dizer: “Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?” (Rm 7,24). Ele não falava de seu corpo físico, mas do corpo do pecado ao qual estava amarrado.
Qual aquele condenado, não temos forças para nos livrar deste corpo de pecado que nos consome; estamos de tal maneira amarrados a ele que parecemos formar um só corpo, e não estamos amarrados por fora, mas por dentro, em nosso coração.
Precisamos de alguém que nos desamarre e nos livre desse corpo que nos mata e que nos faz apodrecer em vida.
Os cristãos são o suave odor de Cristo, mas, quando se tem um corpo de pecado trancado no coração, o próprio coração se corrompe e começa a empestear, com o mau cheiro, o ar à sua volta. Em vez de ser causa de alegria e felicidade para si e para os outros, torna-se causa de sofrimento e infelicidade porque se afasta de Deus e entra em discórdia com as pessoas para defender interesses egoístas.
A verdade é que somos as primeiras vítimas desse mal; sentimo-nos tristes, abatidos e abandonados porque somos pecadores, porque, em nosso coração vive uma lepra chamada pecado, que o insensibilizou à presença amorosa de Deus. E o pior é que não podemos fugir dele, como se foge de uma pessoa desagradável; não podemos fugir, porque o pecado nos fala de dentro do nosso coração (cf. Sl 36,2), nós o levamos conosco para onde vamos.
Tenha certeza: o pecado é o motivo de sua tristeza, e só Jesus pode lhe devolver a alegria verdadeira. É necessário que Ele o liberte desse mal, mate essa lepra e mude seu coração corrompido em um novo coração. Toda pessoa que pensa ser impossível que seus pecados lhe sejam perdoados, entra em desespero e com o seu desespero torna o seu estado pior do que era antes. Então, tenha confiança em Deus!
Se você alguma vez já se sentiu perdido e, por causa de alguma coisa que fez, teve medo de cair no inferno, sentiu-se desolado e sem forças, se depois de repetidas lutas contra um mesmo pecado mais uma vez você foi vencido e sentiu vontade de desistir, tenho uma ótima notícia para você: Só quem assim se sentiu pode experimentar o que é ser salvo pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, e este mesmo Jesus pode eliminar a sua tristeza na raiz.
Artigo extraído do livro: “Vencendo Aflições Alcançando Milagres”
A Felicidade mora no lar
A maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família
“Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles, poucos, que pude passar em minha casa, no seio de minha família”
(Tomas Jefferson, ex-presidente dos Estados Unidos da América).
Alguém disse que o mundo oferece aos homens e aos pássaros mil lugares para pousar, mas apenas um ninho. Um homem que não for feliz no lar, dificilmente o será em outro lugar.
Até quando nos deixaremos enganar querendo ir buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós? A família é o complemento de nós mesmos. Ela é a base da sociedade. Nela somos indivíduos reconhecidos e amados e não apenas um número, um RG, um CPF.
É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado; sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói, a sociedade toda corre sério risco; é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime porque não tiveram um lar.
Sem dúvida, a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. As separações arrasam os casamentos e, consequentemente as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais; e eles mesmos sofrem com isso. Quando as famílias eram bem constituídas não eram tantos os jovens envolvidos com drogas, com a violência e com a depressão.
Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, nas quais os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. E é isso que dá felicidade ao homem e à mulher.
Infelizmente, uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos e famílias sólidas.
A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos esposos. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta. Essa fidelidade tem um alto preço de renúncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade e viver um para o outro, totalmente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isso seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.
A felicidade tem um preço; e na família temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa. Não brinque com fogo!
A grande ameaça à família hoje é a infidelidade conjugal; muitos maridos, e também esposas, traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar a infelicidade própria e a dos filhos. Saiba que isso não compensa jamais; não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta. Se você destruir a sua família estará destruindo a sua felicidade.
Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isso depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro; é ajudá-lo a crescer; é ajudá-lo a vencer os seus problemas. Amar é construir alguém querido com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a esse sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar.
Prof. Felipe Aquino
Quando o sofrimento bater à nossa porta
Pare de ficar neste sepulcro e venha viver!
Viver o presente sem perder a visão do futuro
O tempo presente será um grande vazio se não for preenchido de amor
Faz um ano e alguns dias que Dom Luciano se despediu desse mundo. Foi no dia 27.08.2006. Rendo-lhe homenagem levando até o leitor dessa coluna o depoimento de Dom Luciano sobre si mesmo, depoimento falado em língua italiana, que aparece na publicação da Arquidiocese de Mariana, comemorativa dos cem anos de elevação à Arquidiocese.
"Em primeiro lugar, sinto-me chamado a viver o momento presente, sem perder, é claro, a visão do futuro. Sou um homem apaixonado pelo presente, enquanto sei que o presente não volta mais. O passado tem um valor, sem dúvida, na unidade da pessoa, o futuro possui a novidade da surpresa, mas o presente, o que é? È aquele momento de transparência da consciência, no qual uma pessoa é chamada a entrar em comunhão com Deus no evento, a partilhar o sofrimento e a alegria na presença de Deus. Isso me parece bonito: de um lado, porque a pessoa tem sempre algo a fazer, sendo chamada a viver o desafio do momento presente; do outro, tem um pouco de paz, porque cada momento leva consigo uma beleza especial, um pouco da graça de Deus.
Outra característica minha é que me deixo envolver mais pelo sofrimento do que pela alegria, não porque o sofrimento seja maior que a alegria, mas porque, sabendo com certeza quanto no mundo o sofrimento esteja presente no coração dos homens, sinto vergonha de viver os momentos de alegria. Parece-me que a alegria que existe nesse mundo seja um sinal daquela mais plena que um dia teremos, mas que hoje o chamado mais forte seja o de partilhar com os outros os momentos difíceis, o sofrimento, e, exatamente, no momento presente. Partilhar com os outros o sofrimento faz crescer em nós a experiência do amor: sinto-me chamado a viver o presente e, no presente, a partilhar o sofrimento, a doença, a solidão e, depois, a consciência que uma pessoa pode ter do seu sofrimento, da sua pobreza.
Depois de um dia de trabalho, estou cansado; porém, embora saiba que no dia seguinte terei várias coisas para fazer, se encontro uma pessoa que sofre, sinto-me impulsionado a ir visitá-la à noite. Nem todos entendem o quanto seja importante para mim a vontade de conhecer a grandeza de certa situações que, talvez, segundo outras categorias humanas, parecem pequenas. Não entendem que essas coisas me dão uma força nova para enfrentar os compromissos no dia seguinte.
Outra característica da minha pessoa é uma mistura de amor por esta vida e de desejo da outra vida.. Amor por esta vida, porque há muito a fazer, desejo da outra, porque é este mundo, onde há o pecado, que nos faz sofrer. É a mistura do presente com o futuro prometido que impede à vida de ser plena, enquanto a empurra par aquilo que ainda não existe: da mesma maneira, faz aparecer a verdade do seu ser e, ao mesmo tempo, sua situação incompleta".
Ressalto as razões por que Dom Luciano era um apaixonado pelo presente. O presente é o momento da graça. O tempo que passa será um grande vazio se não for preenchido de amor. Amar só é possível no "agora". Esse "agora" define permanentemente nosso destino. Dom Luciano procurou fazer do tempo o processo de assumir-se em entrega a Deus e ao próximo, privilegiando os mais sofridos.
O amor a esta vida em Dom Luciano não era apego, era ainda desejo de fazer o bem e o desejo da outra vida era desejo de que o sofrimento dos outros pudesse ter um fim. Tudo o que Dom Luciano fez e foi nesta vida revela-nos uma alma mística. Pois o místico cristão, mais que todos, sabe de sua condição de pecador e das dolorosas purificações pelas quais deveu passar sob o fogo da experiência do Deus-Amor.
Precisamente por conhecer Deus assim, o místico cristão é o homem da comunhão e da solidariedade. Sua solidariedade se manifesta na presteza com que vai ao encontro daquele que sofre e se manifesta na entrega que faz de si a Deus em silenciosa e orante imolação implorando sobre o mundo sua misericórdia, nunca o castigo. É alguém inserido na história, atento ao drama humano, portador das verdadeiras respostas para as questões que afligem a humanidade. Por isso os místicos marcam a história e exercem uma influência que se estende para o futuro adentro. Assim foi Dom Luciano.
Dom Eduardo Benes
Arcebispo de Sococaba (SP)
Fonte: Site Canção Nova
Você não é só pecado
Coragem! Você pode viver o PHN
A cada 'não' que você dá ao pecado, Deus lhe abre maravilhosas portas que vão fazer com que as pessoas queiram ficar perto de você, pois o seu jeito de ser contagia os outros. As pessoas vão dizer que é maravilhoso ficar perto desse jovem que é você. E por quê? Porque vêem em você aquilo que eles sonhavam ser, pois, na época deles, não havia o “PHN” (Por Hoje Não, por hoje não vou mais pecar).
Em minha juventude, foram muitas as vezes em que cheguei em casa bêbado, drogado, e ao fingir que estava dormindo, via minha mãe rezando por mim: “Pai do céu, tira o meu filho dessa vida” e orava em línguas. Na época, eu pensava que ela estava louca quando rezava daquele jeito estranho. E por insistência dela e do meu pai, eles foram me tirando daquela vida, até eu me tornar um missionário.
Preciso dizer para você que se prostitui, que se droga, que vive o homossexualismo, que isso não é ser jovem, é ser uma caricatura; é um 'homem-bomba'. Pois existem pecados que acabam com a vida; há muitos jovens que injetaram droga na veia, uma só vez, e adquiriram o vírus HIV. Você não é isso! Você é jovem!
O saudoso Papa João Paulo II disse aos jovens: “Vão para casa. Sejam como vocês são e sejam santos. Vocês vão colocar fogo no lugar onde vocês estão”, mas para isso você precisa permitir que Deus o pegue.
Muitas vezes, fazemos coisas somente a partir do nosso ponto de vista, sem levar em conta o ponto de vista do nosso pai, mãe, irmão, amigo, amiga, nem mesmo o ponto de vista de Deus; dessa forma, erramos e pecamos.
O Livro de Provérbios, no capítulo 4, versículos de 23 a 27, nos apresenta: “Guarda teu coração acima de todas as outras coisas, porque dele brotam todas as fontes da vida. Preserva tua boca da malignidade, longe de teus lábios a falsidade! Que teus olhos vejam de frente e que tua vista perceba o que há diante de ti! Examina o caminho onde colocas os pés e que sejam sempre retos! Não te desvies nem para a direita nem para a esquerda, e retira teu pé do mal.”
Quem de nós não tinha a boca suja de tantos palavrões, e agora, já não os fala mais? Quando você passa a mudar as suas palavras é porque já está mudando o seu coração. “A boca fala daquilo que o coração está cheio”, como nos ensinam as Sagradas Escrituras.
A Palavra de Deus é mais penetrante, faz a divisão entre o bem e o mal. Se você tem bem claro o que é o bem e o mal – e pode optar pelo bem, mas faz a opção pelo mal – isso é uma atitude isenta de discernimento do Espírito Santo.
Meu irmão, o ensinamento do bem está aqui na Bíblia, leia-o, medite-o neste livro, e você terá êxito. Deus fará com que você tome as decisões corretas. “PHN” é uma decisão diária. No final do dia, Deus vai lhe dizer: 'Descanse, filho meu. Eu vi o seu esforço para não pecar, e você não pecou por um dia. Durma, sonhe Comigo e amanhã Eu vou despertá-lo de novo'. Coragem! Você pode viver isso!
Quando você cair, caia na frente do padre! Peça perdão pelos seus pecados, seja absolvido, levante e continue a caminhar com coragem e constância, e Deus fará em seu interior tudo aquilo que você quer e precisa.
Deus quer colocar em seu coração a coragem para você dizer e viver: “Por hoje eu não vou mais pecar!”, mas, para isso é necessária a sua permissão.
(Artigo produzido a partir da palestra de março de 2006)
Dunga
Comunidade Canção Nova
Fonte: Site Canção Nova